Eu...






Quero-a,
desconhecendo sua presença
em outros lugares.
Não me importa quem seja,
simplesmente quero-a
naquele sorriso cheio de doçura,
quase criança.
Quero-a pelas escadas vistas
pelo portão ensolarado
no céu cinzento,
no meio do seu pensamento,
o mar azul,
meu lago,
apenas um afago,
um não.
Quero-a na ameaça de chuva,
a água que ficou no céu,
que também vestiu azul
surtindo-se de inveja.
Quero sua boca doce, molhada, seca,
matando meu beijo no curto tempo
sob a sombra do arvoredo.
Fez-se a história, nasceu o enredo
da passagem tão breve,
sem voltas, pra sempre...
Nunca mais.