A morte do poeta
E de repente todas as vozes se calaram
Todas as penas se secaram
Todos os livros se fecharam
e o trovador não mais trovou
E de repente os amantes não amaram
E pra lua não olharam
De saudades não choraram
Pois o poeta se matou
E no oceano das palavras
Muitos barcos naufragaram
Outras naus se afastaram
E Nem destroços se buscou
Não foi tempestade ou mar revolto
Foi calmaria e o barco solto
Que o marinheiro acomodou