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Não és mar de águas amargas, amor...

Pois te vejo tão suave e doce mar, aline,

Lindas águas cristalinas e de verde cor!

Brilham corais, estrela do mar ali retine...

E eu embriagado a olhar-te por inteira,

No brilho dos olhos de sereia, a boca...

Triangulo bermudal que a alma queira!

E o perder-me nele, te deixando louca!

Perdoai-me! Diante de ti a mente vaga...

Mas agradeço a Deus esta visão celestial!

Que um vento forte, mar aberto, me traga.

Pois, banhar-me-ia dia e noite, noite e dia...

Na delícia desta água, manso mar angelical,

Sabendo o perigo, a profundeza, me afogaria!

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 17.02.2013

06h41min [Manhã]

Estilo: Soneto