ATÉ QUANDO

Autora: Regilene Rodrigues Neves

O ocaso se deita em horizonte aberto...

Meu corpo

Naufrago de ti...

Esvairá-se em dor de amor

Tua forte presença

Despe meus pensamentos

M’alma chora

Em lembranças...

A brisa acaricia minha solidão

Você atormenta meu coração

Não consigo mais disfarçar

Meu refugio é aqui...

Olhando o mar

Querendo te abraçar

Em meio a distancia e esse vazio

Tão frio e cortante

Meu peito arfante

Sucumbido em sentimentos profundos

Tu não sabes o que é amar

Sentir essa dor

Essa tristeza no olhar

Esse vazio que por vezes agonizante

Quer explodir no peito

De um jeito sôfrego

De amar

Você precisa me perdoar

Está difícil suportar

Que não posso mais te amar

Tento arrancar-te do meu corpo

Desse sentimento louco

Que insiste em me atormentar,

Mas em vão

Você renasce nas minhas manhãs

Percorre o meu dia

Invade a minha noite

Vela meu sono

Em sonhos de ti...

Como dizer que não te amo

Se m’alma está entregue

E em minhas entranhas vives

De uma forma

Que cresce

Quando tento esquecer

Não tenho como culpar esse sentimento

Tão puro

Que só quer existir

Que por covardia de ser amado

Tu rejeitas em culpas

Insanas de uma razão

Sem razão

Não se apaga um amor

Em simples querer.

A porta bate na cara

O medo atropela tudo

O orgulho uma ferida

O sentimento grita

A poesia agoniza...

Em palavras de abandono

As lagrimas rolam no papel

A saudade vem

Em incessantes frêmitos de ti

Embarco no tempo

Em ânsia de amor

E eu vou perguntando

Até quando...

Criada em 25/11/2004