Nas entrelinhas do que não é verbalizado
Escrever é uma arte, ou quem sabe uma catarse,
Ao ecoar o que sentimos para depois chegar até nós.
Chagar até nós o que nos inquieta, que nos desconcerta,
Reorganizando os fatos que nos distanciou de nós mesmos!
Sentimentos, pensamentos, conexões e desconexões,
Tudo muito intenso, nos puxando por dentro sem anzol.
Porque permitimos isso diante do barulho e absurdos,
Ofertados pelo mundo quando estamos procurando por algo fora de nós!
É se perder de nós mesmos e fragmentar a nossa paz...
Buscando por anseios externos que não cabem em nós.
É se iludir com tão pouco, diante do tanto que já possuímos,
Do que construímos subjetivamente e cada um de nós!
E por falar em tantos nós, quero desatar o que hoje me sufoca,
Nós na garganta, na alma que chora por se deixar se levar mais uma vez,
Em caminho nebuloso, mais idealizado que concretizável,
Um caminho desumano e machuca quem é humano e expõe em linhas como nós.
E que esses nós virem laços, ou me deixem de pés descalços,
Pois assim sou mais livre e ando mais comigo em completude,
Em voos livres, respeitosos, harmônicos e oscilante,
Mas, que me leva do jeito certo a ser mais eu para depois vir “o nós”.