Darei um tempo...
Darei um tempo…
Em mim…
No que sinto,
No que quero,
Em meu amor!
Sim,darei um tempo,
Em meus medos que me atormentam,
Em meus sorrisos largos e fartos,
Em meus sonhos de contos de fadas.
Mas ,darei um tempo…
Em minha desordem mental,
Em meu dia sobre a noite
Em meus devaneios mais constantes e intensos,
Em meu silêncio que assola minh'alma
Em meus sentimentos mais profundo e dolorosos.
Sim, darei um tempo...
Em meus questionamentos absurdos,
Em lembranças inoportunas e saudades,
No que me consome...
E no que me falta.
Mas, darei um tempo…
Em meu lado sensível e inconstante,
Em minha intensidade,
Em meus bloqueios poéticos,
Em minhas intenções lógicas e absurdas,
Em meu prazer.
Sim, darei um tempo…
Pois o tempo não mas existe,
A poesia está sangrando,
Sem título,sem vírgulas…
Em prantos…
Ela está febril, doente e escassa,
Pois a poetisa esqueceu seu último verso ,
E o poema ficou sem sua inspiração.
Mônica Albuquerque
22/Abril/2020