na minha sala de justiça

Na minha sala de justiça

É minha inspiração.

Um dia comum.

Um dia de solidão.

Convoquei o tribunal.

Fui eu a lei penal.

Em me ver na contramão.

Quem me segura é Deus com seu amor de pai.

Pois eu.

Reles humano.

Criatura carnal.

Se me condeno ou processo.

Não interessa.

Mas sou este assim que compactuo com Adão e Eva.

É carne é treva.

Falácias e desejos.

Sonhos e anseios.

Grito preso e esperança viva.

Meio covarde e dono do medo.

Na minha sala de justiça tenho que ser coerente.

Sou eu que não mereço o grande presente.

Mas tu homem meu semelhante.

Que também foi, é errante.

Oh céus.

Que a misericórdia nos abrace.

Para que na porta estreita passe.

Minha sua alma.

Tanto pequeno e incapaz.

De tanto agradar satanás.

A terra é guerra.

E nós meros soldados covardes.

És a cruz com os prantos de Deus que diz.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 18/04/2020
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