na minha sala de justiça
Na minha sala de justiça
É minha inspiração.
Um dia comum.
Um dia de solidão.
Convoquei o tribunal.
Fui eu a lei penal.
Em me ver na contramão.
Quem me segura é Deus com seu amor de pai.
Pois eu.
Reles humano.
Criatura carnal.
Se me condeno ou processo.
Não interessa.
Mas sou este assim que compactuo com Adão e Eva.
É carne é treva.
Falácias e desejos.
Sonhos e anseios.
Grito preso e esperança viva.
Meio covarde e dono do medo.
Na minha sala de justiça tenho que ser coerente.
Sou eu que não mereço o grande presente.
Mas tu homem meu semelhante.
Que também foi, é errante.
Oh céus.
Que a misericórdia nos abrace.
Para que na porta estreita passe.
Minha sua alma.
Tanto pequeno e incapaz.
De tanto agradar satanás.
A terra é guerra.
E nós meros soldados covardes.
És a cruz com os prantos de Deus que diz.
Giovane Silva Santos