Desiludido citando Camões

Amor é fogo que arde, bem ardido

Tão potente que é mera faísca

É ferida que dói e como corroi

Prefiro fritar a arriscar no amor

O corpo é um templo

O meu, uma eterna redoma

Amor que consome

Mais a mim que meu "eterno" amor

É como se o coração

Ardente em chamas fosse estar

Na redoma cristalina

Como vou então acreditar

Em amor dos sonhos mil?

Contentamento descontente!

Me preencho, então me esvazio

Fidelidade, só a do cão

Pode ser qualquer coisa

Menos flor que se cheire!