CINZAS

Onde a paisagem da vida se inventa num punhal

Tiro da memória

O azul que um dia

Numa hora sem solidão

Sangrou no meu peito

Num tempo

Em que alguém me considerava um deus

Hoje

Fica o estranho silêncio dessas ruas

A ausência das canções nas guitarras

Quando chega a tarde

E as absurdas cinzas de um amor

Que tinha jurado que seria eterno.

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 12/10/2007
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