Rosa de Mármore
Desfez-se no violão,
Em dissonância no vento,
A canção que em vim cantar,
Plena do meu pensamento,
Pelo descaso à música
Que transmitiste no olhar.
Teus lábios de pedra rústica
Exibem um sorriso morto
De estátua barroca
Onde a paixão não tem porto.
Nem graça tens na boca,
Pois desdenhas quando falas.
Parece que a indiferença
É o mal que tens nas pétalas,
Que assim te despetalas.