Da janela a Maria
Hoje acordei desesperado, sonhei que teria um enfarto,
Desventura do destino, acabar com este jovem indeciso
De esperanças nesta terra há de ter, espera sempre amanhecer
Para do alto da janela avistar, sua pequena Maria andar.
Um político a corrompeu, disse que o mundo era seu,
Que já era de sua riqueza, uma bela. A sua duquesa!
De palavras comoventes, entrelaçou seu coração carente,
Esta moça doce, me deixou por favores.
Em anos a desejei, sempre sonhei em vê-lá outra vez,
Mas o que nada digo, pois perdeu um grande amigo,
Do meu peito lhe disse, case-se comigo!
Mas a jovem me negou, por muito tempo encouraçou,
Mas uma década se passou, e virei seu novo amor.
Outras eras aprendi, pois Maria me desprendi!