Temeridade
Se eu me calar aos detritos, aos tropeços,
amanhã serei pisoteado;
serei pó, aos pés de tanta gente.
Se tentar lutar,
verei minhas armas retidas,
presas, caladas pela incúria.
Se me pôr em fuga,
terei nas costas o peso da vergonha.
Ah! Deus, não sinto formas,
meios que me façam mudanças,
que risquem este vácuo presente;
tudo é confuso, insignificante e triste.
Mas se tantos se calam,
se a paz, o silêncio, encobrem tudo,
provarei estes motivos desfolhando anseios,
retendo presenças que embalam forças,
salpicando o espaço com minha imagem
que pouco a pouco será lembrada,
por covardia, temor ou mesmo uma falsa coragem.
Se eu me calar aos detritos, aos tropeços,
amanhã serei pisoteado;
serei pó, aos pés de tanta gente.
Se tentar lutar,
verei minhas armas retidas,
presas, caladas pela incúria.
Se me pôr em fuga,
terei nas costas o peso da vergonha.
Ah! Deus, não sinto formas,
meios que me façam mudanças,
que risquem este vácuo presente;
tudo é confuso, insignificante e triste.
Mas se tantos se calam,
se a paz, o silêncio, encobrem tudo,
provarei estes motivos desfolhando anseios,
retendo presenças que embalam forças,
salpicando o espaço com minha imagem
que pouco a pouco será lembrada,
por covardia, temor ou mesmo uma falsa coragem.