"Ela, torre"

(...)E mergulhando no veludo

Da poltrona que eu mesmo ali trouxera

Achar procuro a lúgubre quimera,

A alma, o sentido, o pávido segredo

Daquelas sílabas fatais,

Entender o que quis dizer a ave do medo

Grasnando a frase: "Nunca mais".(...)

(O corvo) Edgar Allan Poe, traduzido por Machado de Assis

...

A derradeira sensação do contato irreal

Consumindo o espectro inteiro e carnal

A memória copiada, a posição da lâmina

Pela queda do pecado que não se cansa

Oh, Rapunzel.. o que te traz à minha voz?

Tal ao mundo que depende do fogo de nós?

quê te congrega às tranças, onde alcanço?

o meu exílio, a curva fria, e mais um tanto..

É torre que te prega na janela mais alta

A minha decisão em nunca mais te devorar

Pois a boca que te ama, é a próxima culpa

É essa lenha que te queima, fagulha avulsa

Linha condenada, inferno do passo a falhar

Mas eu continuo.. seja ela, queda, seja falta

e. Eu não me importarei.

AzkeTarOss
Enviado por AzkeTarOss em 18/03/2020
Código do texto: T6891041
Classificação de conteúdo: seguro