Você era vida, Nunca morte.

Você era vida, Nunca morte.

IN MEMORIAN

Por Valéria Guerra Reiter

Hoje o meu coração está pesado, e minha alma chora.

Ainda não consigo entender qualquer desígnio

Como poeta, eu deveria, ou poderia.

Não tenho forças para entender

Meu coração sangra insatisfeito

E não devo ser clichê!

Você não gostaria disto

Você nunca foi comum

Seu tempo era outro

Seu coração era leve

E graças ao Bem Maior: Creio que és eterno

Não posso deixar que agora, qualquer lágrima...

Seja derramada: não neste momento de escrita

Ontem eu chorei como choraria por um filho

E torno a reiterar: não é clichê

Chorei, e passei mal. Nunca pensei.

Que choraria tanto. Sou sincera. Como fostes

Grande ator, e generoso amigo Leonardo.

Eras a fina flor... com percepção tênue

E no camarim daquela Mostra de Teatro...

Vi teu lado humano aflorado

Foi genuíno e verdadeiro, mui altruísta com todos...

Os teus competidores - as lágrimas agora ressurgiram...

Devo enxugá-las como homenagem ao teu belíssimo

E enorme coração. Dizer que não te esquecerei...

Soará repetitivo; E por isto afirmo: encontrar-nos-emos.

Em outro TEMPO; com nova roupa, e novos horizontes.

Flui de minha essência este momento... de saudade, porém

Esperançoso; você era vida, nunca morte!

A morte no seu caso é apenas uma ilusão!

Uma simples homenagem ao meu amigo caro

Leonardo Aranha.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 05/03/2020
Reeditado em 05/03/2020
Código do texto: T6880816
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