A Sizígia

Varrendo o quintal com a vassoura de galhos

Tirando as folhas secas que caíram dias atrás

Lidando com a horta e os cachorros

Foi com você que eu quis mais

Subi no topo daquele morro

Corri para não me atrasar

Levei um caderno e um lápis

Para aguardar a Sizígia chegar

Corpos celestes que se cruzam

Neste universo sem fim

Meu coração dança com eles

Na espera do seu sim

Sentado de frente para o sol

Nesse fim de tarde eu posso ver

Sentir a brisa quente que alisa a pele

E entender que não posso te ter

Contemplo impérios de nuvens

Que abrigam luz e energia

Nem mesmo Thoreau havia imaginado

Um amor para se ter todo dia

O tédio e as horas incontáveis

A boca seca sentindo o desconforto

O gigante que habita aqui em casa

As vezes atraca no seu porto

A gente quer quem não quer a gente

A gente é egoísta e acha que pode cobrar

De pessoas que não conhecemos

Atenção e carinho à dispensar

Para o futuro apenas coisas boas

Aprendi que muito diz quem permanece silencioso

Sem ter orgulho nenhum eu juro

Apenas deixando de ser ansioso

Sua frustração não foi resolvida eu sei

Antes era você quem me cobrava

Eu posso sentir a confusão de longe

Mesmo sem trocar uma palavra

Somente quando eles se alinharem

Eu vou poder te ter

Olhando para o futuro no universo

Esperando a Sizígia acontecer

O Anjo Original
Enviado por O Anjo Original em 21/01/2020
Reeditado em 21/01/2020
Código do texto: T6846848
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.