Liberte-me
Liberte-me
Deixe que eu viva
Deixe que eu mesmo me censure
Deixe que eu mesmo me acuse
Liberte-me
Desse laço que nos uniu
Do fardo que é não saber viver sem ti
Da vergonha que sinto ao olhar no teu olhar
Liberte-me
Das amarras que me aferrastes
Dos grilhões que criamos
Das algemas que nos uniram
Liberte-me
Do medo de mudar
Do cativeiro que fui posto
Antes de ser sentenciado
Liberte-me
Da vergonha de ter sido pego em flagrante
De não ter resistido as tuas punições
De ter jurado pra sempre ao tempo
Liberte-me
Da dor de te ver presa a alguém que nunca te mereceu
Do sonho que jamais saiu dos papéis
Do buquê que eu nunca dei
Liberte-me
Das promessas vazias
Do nosso sonho que voa e nos deixa
Como se jamais fosse voltar
Liberte-me
Da censura que me molda
Das palavras que me balizam
E das atitudes que amedrontam
Liberte-me
Do nosso relacionamento fraternal
Que você insiste que seja algo mais
Da dor que sinto em me esforçar a chorar
E não conseguir