COLIBRI SOB CHUVA CARMIM
Um dia, apenas, e pôs fim ...
Esperava mais, mas esperança
Derradeira caixa de Pandora ...
Um colibri pousou-me assim,
Uma música sem nenhuma dança-
Isso só entende quem se aflora ...
Gotas de chuva sabem-me carmim,
Esperava tudo feito conto de fada,
Contos que se conta às crianças.
Música assim, sem começo ou fim;
Música que agora canta o mais nada,
Música que só me canta lembranças.
O peito dói agora feito cratera,
Cratera de um vulcão extinto,
Esqueceu-se dos anseios da espera,
Já não reluz ou traduz o que sinto.