O HOMEM QUE ANDA, REFLETE E SOFRE III
Oh! Deus! O que devemos fazer agora?
Em plena carne presente e alucinada
Com a potência em pensar e querer
Transformar com determinações e sonhos
Verdades de fato adquiridas?
A reflexão conduz à desertificação
Corroe as pedras quanto a marina
Amadorece pensares sôfregos
Alimentados fatalmente
No sertão ardente do âmago humano!
"Um homem trafega pelas ruas
Euforia e espumas de destilados e sal
A angústia e glória escorrendo pelo seu pescoço
E os remorsos amargos de passados disformes...
Como a alquimia dos anjos fastidiosos
Com náuseas, protestos e percepções absurdas
A praça de alumínio e ferro
Do seu linhamento deixa cair:"
E então se revelarão na madrugada
Quando na alma o melindre vem
A dor e a sorte negra dos sádicos
Contra o homem que anda, reflete e sofre!