Quem sabe
Já não há versos, já não há o céu,
Nem a lua, nem as estrelas,
Já não há o som do mar.
As canções de amor se acabaram,
As minhas emoções se foram,
Como se foram as minhas ilusões.
Já não há os passeios de mãos dadas,
Cafuné no banquinho, também não,
E dormir abraçadinhos, nem pensar.
Os mesmos sonhos, já não existem,
Tudo se acabou, perdemo-nos,
É nosso fim.
Sob um sol escaldante eu estou,
É vasto o meu caminho, imenso,
Cheio de areia e espinhos.
O vento forte,
A minha pele ele tenta arrancar,
Despir-me, despedaçar-me.
Quem sabe assim eu renasça,
Quem sabe eu volte a acreditar,
Quem sabe o meu sofrer se desfaça.
Talvez eu encontre motivos,
Talvez a lua volte a falar comigo,
E meu céu de novo seja azul.
Então, eu sairei por ai cantando,
E com as estrelas conversando, só porque,
Novamente, eu estarei amando, quem sabe...