Senhor porque nasci tão triste

Senhor porque me fizestes tão triste?

Enquanto poeta garimpo as palavras

Como um garimpeiro raro

A busca de pepitas reluzentes

Para alegrar o amanhecer

Daqueles que acordam indiferentes.

A poesia é a expressão sublimada do desabrochar da primavera

Vem traduzindo sons de arpas orientais

Uma viagem solitária de quem medita! ... Ouvir

O som do silêncio interior

É o mergulho que faço

Para encontra-me no regaço

E assistir ao espetáculo

Que só a natureza basta

Ela não faz nenhum sacrifício para mostrasse bela.

Ela é... o silêncio

que o poeta não consegue traduzir.

Porque senhor! Me fizeste tão triste?

Se a poesia que faço

Não é!

Penso, que a medida da tristeza que

Rasga o meu peito, será efeito do buril divino

Para lapidar os versos e aí neste sofrimento que aprofunda

Retirar o néctar que procuras!

Sendo assim

Permita Senhor

Que eu seja menos triste

E possa feito criança correr pelos

Bosques cheios de flores

Entender o impressionismo dos Girassóis de Van Gogh

O insinuante riso de Monalisa

O desejo adolescente de Manoel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada! Ah!

Preciso Senhor do riso fugidio

Que escapou, deixando - me só nesta caminhada

Portanto te rogo!

Se existe luz nos meus versos

Que divido com quem amo

Dei-me o riso que preciso

Permita como Bandeira ir embora

Levar a tristeza que não preciso

E deixar o riso que não carrego!

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 25/11/2019
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