O ANDARILHO
Era um pervertido vagabundo
Vagando triste pelo mundo
Desconhecia coisas corriqueiras
Mestre em ações sorrateiras
O único aconchego: as estradas
Suas dúvidas: as encruzilhadas
Desconhecia as boas maneiras
Só praticava grandiosas asneiras
Por vezes sentia-se ofegante
Não mais aquele temido gigante
Mero farrapo carente de amor
Ouvia dos ventos sibilar o clamor
Longínquo e muito triste o canto
No silêncio, angústia e pranto
Da derradeira e cruel partida
Do princípio ao fim de vida!
(By: Maurélio Machado)