Notívaga desesperança
Notívaga desesperança,
Senta ao meu lado na sacada
E faz coro comigo
nesse grito
ao infinito,
Para trazer de volta
Minha incrédula crença,
Que me consome
e que me traga,
Como o fogo,
que a implacável chuva
apaga.
E, depois que tudo acabar,
Restará um nada em meu peito.
Tu, porém, ficarás a esperar
Por mais uma noite,
insone,
notívaga,
sem esperança...
E já não mais se ouvirá
Do infinito
resposta àquele grito...