A DECADÊNCIA DO MUNDO
Este poema é muito oportuno por reflectir o momento trágico que a Humanidade atravessa,
Estou apático, não me apetece nada fazer.
Esmoreci, já não merece a pena.
Acabei por entristecer,
Deixei a cena.
Passei a espectador desiludido, sem futuro.
O Mundo entrou em fragmentação.
Tornei-me insensível e duro,
Perdi a ilusão.
O descalabro é veloz, mortífero e Universal.
Não poupa os pobres desprotegidos,
A sentença é breve e mortal,
Deixou-nos falidos.
Os iluminados do poder, das leis e do dinheiro,
Baralhando as contas e a vigarizarem,
Cobriram-se de pele de cordeiro,
Para escravizarem.
Já não há salvação para nada nem ninguém.
A natureza sentiu-se violada e ofendida,
Rebelou-se sem olhar a quem,
Achou-se traída.
Resta aos terráqueos ultrajados e errantes,
Usarem do seu real valor e razão,
Para se vingarem dos tratantes,
Sem qualquer perdão.
Ruy Serrano - 14.11.2019