FATAL VENENO
O que parte de mim
É uma parte tão sólida;
A outra parte que fica
Líquida evapora.
 
Onde estou agora?
No meio do nada!
Deserto sem chuva
Nenhum oásis.
 
Sou líquido nojento
Veneno que mata;
O mal que destrói
Por onde passa.
 
Sou fúria feroz
Que a paz devora
Sem vida, estopor,
Sem luz d´aurora.
JOEL MARINHO