"mentira, mentira.."
"Só se ri das cicatrizes quem nunca sentiu uma ferida. Mas... devagarinho! Qual é a luz que brilha através daquela janela? É o Oriente, e Julieta é o Sol. Ergue-te, ó Sol resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver que tu, sua sacerdotisa, és muito mais bela do que ela própria. Não queiras mais ser sua sacerdotisa, já que tão invejosa é! As roupagens de vestal são doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deita-as fora! Esta é a minha dama! Oh, eis o meu amor! Se ela o pudesse saber... Está a falar! Não, não diz nada, mas quê isso importa? O seu olhar é que fala e eu vou responder-lhe... Sou ousado demais, não é para mim que ela fala. Duas das mais belas estrelas de todo firmamento, quando têm alguma coisa a fazer, pedem aos olhos dela que brilhem nas suas esferas até que elas retornem. Oh, se os seus olhos estivessem no firmamento e as estrelas no seu rosto! O esplendor da sua face envergonharia as estrelas do mesmo modo que a luz do dia faria envergonhar uma lâmpada. Se os seus olhos estivessem no céu, lançariam, através das regiões etéreas, raios de tal esplendor que os pássaros cantariam esquecendo que era noite. Vêde como ela apoia a cabeça em suas mãos! Oh, quem me dera ser a luva dessa mão para poder tocar o seu rosto!"
(Romeu e Julieta) Ato II - Cena II
...
parte I: "decerto, se for.."
é
este meu:
ato disperso.
ao inverso de ser.
e
suposto incêndio de arestas
algo pra queimar à vontade, e
tempo por uma idéia de nunca deixar..
é penitência de linhas inexatas
por refém ao desuso e dois dias, em perder à fé..
é resistência em ponto ao acúmulo de passagens
à chama primária que vier de si
do que posso alcançar
das tardes e tintas e ainda, um lugar..
meu tempo por alento
meu tormento, este
de
pretender e pretender..
..
por onde caem os sóis
por rumam os quadros abastados de demasia
é.
lá,
onde te perco
e
nunca
tão, cedo.
ou assim,
...
parte Ii: "mentira, mentira.."
tarde-ruptura
receio.
consulta. de contas insanas
parte
(enleio)da parte. que te clama, e
ainda
te
é(mentira, mentira..)
qual o nome dado, em lado de fogo?
qual,
o cume aberto por jogar e se pretender?
ao: turno.
pós-ato de pouso obsceno
por: encontro.
presente-instante
obstante, e.
único.
ao,
dispêndio de te amar(mentira, mentira..)
em lenda de(nunca..) te ser,
eu.
por imagem(sopro) em talhes próprios,
refiro-me. aos,
meus espectros e incólumes registros de dor
à minha causa rarefeita
e,
é.
tua!
a página (nunca-)eleita
tua,
essa vida passageira (e)de mim..
(aqui,)
por estaca
(de mim)
que me laiva em fé decrescente
que me perde
me faz revoltar às estradas
à frente. tela-impostora de uma tola-ilusão
que me leva
e
não me tomba o teu caminho, pois.
este,
não me é(já, eu sei..)
por estaca,
por um fim que desdigo
à aula prima de nunca te devolver
pois,
por olhar-te, roubo os (todos)meus passos
e
por insistir,
me perco.
e
já, não quero voltar(mentira, mentira..)
..
lado, este.
(fim.)