VENENO E ANTÍDOTO.

VENENO E ANTÍDOTO.

Meu paraíso psicótico é sorrir

E com muita decepção eu perdi essa vontade

Me alijaram dessa demência, que muita falta faz ao mundo

Com extrema habilidade, com eterna ingratidão

Que foi parida no meu quarto, num conjunto de vil grandeza

No afago de muitas mentiras.

Há tantas maneiras de fazer um homem frigir

Mas nenhuma supera a maldade.

No subterrâneo da aparência habita algo imundo

E em sua proba limpidez ronda a traição

Onde reza o seu choro sem lagrimas com frieza

Construindo suas pseudoverdades arriba de boas maneiras

E toda essa estirpe nojosa faz qualquer alma vomitar.

Qualquer razão se perde na lógica do irracional

Não me venha dar conselho de amor, quem nunca amou

O amor é remédio que cura, mas também pode matar

Veneno e antidoto do mesmo animal

Cicatriza com o tempo, mas não se esquece o que passou.

Ouço o clangor dos meus batimentos

Meu silencio veste a foto do adeus

Meus olhos têm a verdade dos sentimentos

Não mais são enganados pelos olhos teus

E nesse ritmo de frenética tristeza

Aprenderei a amar de novo, n’outra incerteza.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 08/10/2019
Código do texto: T6764744
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