REVOLTA

Passou por mim

Como um vento ao relento.

Soprou. Acariciou.

E, suavemente, ar no meu peito jogou.

Exaltei. Vibrei.

De alegria cantei.

E, de tão macia a brisa,

Não enxerguei a ferida

Que em meu peito se abria.

Chorei. Causei.

Foi para trás que eu fiquei.

Parada. Estática.

Eu fui a folha que voa.

Eu fui a folha que passa.

Seca. Murcha. Despedaça,

Mas que, virando semente,

Em nova folha se acha.

A vida não acaba para quem fica,

Mas para quem passa.

Babaca!!!

Nara Minervino
Enviado por Nara Minervino em 04/10/2019
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