Espera

A fogo escrito está
que eu te pertenço
desde o primeiro
palpitar da veia,
desde a primeira
quebra do silêncio,
desde o ruir
do primeiro
grão de areia,
desde o primeiro
momento derramado
no meu relógio
de espera
e desapontamento.
Aonde o tempo
escorre, denso e lento,
e na viagem,
na vertigem,
na voragem,
tudo parece imenso
e é nada.
Tudo me morre,
tudo se esvai,
desaparece.

Nice
Imagem da Internet
meramente ilustrativa.