Poesia dos abandonados
Era manhã de inverno
Quando o amor se foi
E a tristeza bateu a porta
Agora sirvo café para a solidão,
Pobre alma!
Me jogo na cama
Apertando o travesseiro
Ouço aquela canção
E deixo jorrar a emoção,
Se ainda estivesse aqui...
Quando ando por aí
Meus pés são tão pesados
Chove toda hora
E eu só recordo sua voz,
Que lindas canções!
Agora bebo água melancólica
Olhos piedosos
Se segurando para não fazer cachoeira
E eu a reler aquelas cartas,
Eram poesias...
Se eu pudesse parar o tempo
Colocar pra fora o que tô sentindo
Não importa se fosse loucura
Ainda valeria a pena,
Mas eu sou a poesia dos abandonados!