Velha cadeira de balanço
Sentado em minha cadeira de balanço
Balanço e vejo balançar
Dou uma tragada em meu cachimbo de marfim
Meu velho corpo arqueado
Reparo nas ruas passantes
Moças e rapazes
Que poderiam ser
Netos ou filhos
Não só pela idade
Mas por causa dos flertes
Com suas avós
E até mesmo mães
Dou mais uma tragada
Em meu cachimbo
Continuo sentado
Em minha velha cadeira de balanço
Então adormeço
Então durmo
E com a tristeza
Não me aborreço