Barganha

Barganha

Deito-me em leito de sonhos e

delírios

Lambe-me as gotas reluzentes de

meu pelo

Translúcida barganha de prazeres

extasiantes

Na escuridão fecho os olhos sinto

a carne

Nada é disforme são esboços da

paixão

Para proveito nosso, entre risos

sussurros

Acontece!! Desosso os ossos de

um espírito

Tu regozija, tua alma que está na

carne, desfalece

Sou teu palanquim tão ferida tão

Velha tão menina

Segues calado, lá do teu alto altivo

a observar

Tu te entristece sabes que não nem

nunca esquecerá

Porque magoa quem te pede palavras

calando-te

Mastiga teu gozo mas não o entrega

conta-os

Chora menino altivo pede seus mimos

Pensas em mim

Tu te agoniza na longa noite a espera

fuma teu tabaco

Dirás sou homem, é não percebe os

enlevos de mim mulher

ADELE PEREIRA

08/09/19

adele pereira
Enviado por adele pereira em 08/09/2019
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