Consolo final: A SOLIDÃO.
Eu tornei meus pensamentos tateáveis para agradá-lo. Eu sou frágil, nunca me permiti amar. Isso faz de mim uma pessoa frígida? Claro que não! Eu sei que você adora nadar naquele rio, mas tu se nega a me levar contigo.
Deitada nessa cama imensa, tendo como único vestígio de sanidade as lembranças. Mas, elas podem se degradar com o tempo. O que fiz para ti, vida? Eu ainda visito memórias em que você se mostrava um homem implacável e, ah, como eu amo... Eu amo amar nossas lembranças. Porém, você fez delas pensamentos espinhosos, fúnebres... Sentes prazer em me machucar? Logo eu, que sempre amei os seus abraços. Amo até o seu jeito grotesco de não demonstrar nada.
Esse é o meu consolo final: A SOLIDÃO!