Lágrimas e Prantos
Já chorei tanto,
que não tenho mais
lágrimas para derramar;
Já derramei todo o meu pranto,
que já não tenho mais o que chorar
Chorei sentindo tua ingratidão,
chorei por ver-te indiferente,
Feriste sim o meu coração
Machucando-o diariamente.
Já não tenho mais prantos,
Minhas lágrimas todas secaram
Decepções, tristezas, desencantos
Foram essas as marcas que ficaram
Chorar, as vezes, nos faz desabafar
Todo pranto é lamentação perdida,
As lágrimas nos fazem lamentar
Da ingratidão uma dor sofrida.
Há prantos de diferentes circunstâncias,
Uns choram de saudades e lembranças,
Outros pela ausência, pelas distâncias
E alguns choram por desejos de vinganças.
Muitos choram por suas dores físicas
Que maltratam seu corpo fisicamente,
Outros as mãgoas do seu coração, intrínsecas
Feridas que vão matando lentamente.
E eu o que choro verdadeiramente,
Mágoas, dores, lembranças ou desilusões?
Por que faço do meu pranto constantemente,
O lenitivo das minhas decepções.?
Se choro é porque meu pranto arranca
Do meu peito as mágoas rancorosas
Que das mágoas a vida desencata
O viver de uma vida cor de rosas.