Lágrimas e Prantos

Já chorei tanto,

que não tenho mais

lágrimas para derramar;

Já derramei todo o meu pranto,

que já não tenho mais o que chorar

Chorei sentindo tua ingratidão,

chorei por ver-te indiferente,

Feriste sim o meu coração

Machucando-o diariamente.

Já não tenho mais prantos,

Minhas lágrimas todas secaram

Decepções, tristezas, desencantos

Foram essas as marcas que ficaram

Chorar, as vezes, nos faz desabafar

Todo pranto é lamentação perdida,

As lágrimas nos fazem lamentar

Da ingratidão uma dor sofrida.

Há prantos de diferentes circunstâncias,

Uns choram de saudades e lembranças,

Outros pela ausência, pelas distâncias

E alguns choram por desejos de vinganças.

Muitos choram por suas dores físicas

Que maltratam seu corpo fisicamente,

Outros as mãgoas do seu coração, intrínsecas

Feridas que vão matando lentamente.

E eu o que choro verdadeiramente,

Mágoas, dores, lembranças ou desilusões?

Por que faço do meu pranto constantemente,

O lenitivo das minhas decepções.?

Se choro é porque meu pranto arranca

Do meu peito as mágoas rancorosas

Que das mágoas a vida desencata

O viver de uma vida cor de rosas.

BLopes
Enviado por BLopes em 29/09/2007
Reeditado em 29/09/2007
Código do texto: T673135