CARNE VERMELHA. ( ela )

É o silêncio quem fala...

Sim... Ele é o silêncio,

O desejo que cala,

Sim... Sofrer extenso...

Hoje fiz minha mala,

Embriaguez no bar da Valência...

Jogada no chão da sala,

Roupas espalhadas, ausência...

Ele é a dor, a centelha,

Que marca minha pele,

E depois a cospe, vermelha...

Quisera eu ser o pássaro na telha,

Na flor ser a abelha,

Não sou nada além de quem fere...

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 25/08/2019
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