ASSOMBRAÇÃO...

Eu vi meus olhos mergulhados nas mentiras.

Observei, acima de tudo, a sua nítida frieza.

O tempo não cura, ele ameniza.

Moramos na mesma cidade e há em mim uma vontade desprezível de procurá-lo.

Assombrada por um passado que se faz presente em meu ser, tornei-me entorpecida.

Ao acordar vejo epístolas rodeadas de cactos venenosos.

O último raio de sol avistado pelo meu ser foi há exatamente dois anos e vinte e seis dias atrás.

Tu foste o meu sol, agora, minhas sombras noturnas.

Você era tudo, mas preferiu não ser nada.

Meu teatro de amor, desmoronou...

Lara Eduarda
Enviado por Lara Eduarda em 30/07/2019
Código do texto: T6708178
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