ASSOMBRAÇÃO...
Eu vi meus olhos mergulhados nas mentiras.
Observei, acima de tudo, a sua nítida frieza.
O tempo não cura, ele ameniza.
Moramos na mesma cidade e há em mim uma vontade desprezível de procurá-lo.
Assombrada por um passado que se faz presente em meu ser, tornei-me entorpecida.
Ao acordar vejo epístolas rodeadas de cactos venenosos.
O último raio de sol avistado pelo meu ser foi há exatamente dois anos e vinte e seis dias atrás.
Tu foste o meu sol, agora, minhas sombras noturnas.
Você era tudo, mas preferiu não ser nada.
Meu teatro de amor, desmoronou...