DESILUSÃO
Bem vinda, Desilusão, minha companheira
Mais honesta, minha amiga mais chegada!
Você que desvenda minha vida inteira,
Que me aconchega ao fim da caminhada.
Quantas vezes, aturdido, olho o céu,
E você, demoradamente, me abraça
E sussurra ao meu ouvido: ‘Tu és réu,
Mas não estás só. Sou tua advogada’.
Ah, Desilusão... — Mais que minha amante,
Mãe dos meus filhos — Não me deixes!
Não me poupes do teu hálito delirante.