ERGO (O Homem do Fim do Mundo)
ERGO
(O Homem do Fim do Mundo)
Este ser que por ser só não se basta,
Encontra na alma nefasta, indagação.
Erroneamente confia em seu coração
E envolve-se na vil ilusão que o enlaça.
Rumina incessantemente sua desgraça,
Reúne forças vindas da alma e coração.
Requer um tempo para sua preparação,
Raízes superficiais não suportam brasa.
Gloriar-se de si não cura a sua carcaça,
Gerando mais fardos para pesar a mão.
Gasto equilíbrio, já não discerne a razão.
Gostaria de sentir paz dentro da couraça.
O mundo é bizarro e na sua vista embaça.
Ouvidos clamando pelo som da libertação.
Ou mesmo esperança que traga comoção aos
Olhos fadigados do tédio que nunca passa.
Victor Cunha