QUEDA DE UM ANJO
Luzia o dia, a alvorada
Fez das cinzas calçadas
Caminho laranja, cítrico.
Caminho,ainda que inebriado,
E sob a sombra do sobrado
Arquiteto versos críticos.
A razão estupra sonho,
Travesseiro posto ao lado
À medida em que me enfronho,
Todo sonho cai precipitado.
Sonhos caídos como chuvas.
Sonhos agora feito penhascos.
Sonhos como solução saturada;
Eles não caem mais feito luvas,
A razão vota-lhes asco -
As razões reduzem-no a nada.