QUEDA DE UM ANJO

Luzia o dia, a alvorada

Fez das cinzas calçadas

Caminho laranja, cítrico.

Caminho,ainda que inebriado,

E sob a sombra do sobrado

Arquiteto versos críticos.

A razão estupra sonho,

Travesseiro posto ao lado

À medida em que me enfronho,

Todo sonho cai precipitado.

Sonhos caídos como chuvas.

Sonhos agora feito penhascos.

Sonhos como solução saturada;

Eles não caem mais feito luvas,

A razão vota-lhes asco -

As razões reduzem-no a nada.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 03/06/2019
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