Manhã pontual
Silêncio na cama, quarto escuro.
Em minha cabeça, perdura o barulho
de tantas conversas ressoantes:
o coração aberto, as chagas expostas,
as cartas na mesa escancaradas
diante das emoções dispostas...
E após o acordo selado de bocas coladas
e a marcha vibrante entre pernas abertas,
após as promessas compridas no gozo cumpridas,
vai-se outra noite e a cama deserta...
O Sol bate à janela. O quadro está pronto.
Pelo menos a manhã
não cancelou outro encontro.