Quase nada
Um pouco de ilusão,
Miserável satisfação,
A menor que possa haver,
Pra não dar-se o caso de me satisfazer.
Um balde de desassossego,
Repleto ate a borda,
Uma horda, injúrias difamatórias,
E depois um pouco de vinagre para alivio da dor?
Tensão, medo e opressão,
Mãos em punho e palavrão.
Dedo em riste acusando o culpado,
Serei um fardo, ou mera bactéria na estratosfera?
Depois promessas, perdão e súplicas de paciência e amor.
Não guardes rancor, pois nada fiz,
foi o tinhoso que me deixou por um triz,
De cometer uma loucura.
Se me deixares é covardia tua.
Brados de reconciliação,
e ao menor sinal de fraqueza,
Outra briga, outra vileza,
Até que tudo chegue ao fim,
E fragmentada me vou, é certeza,
Ao encontro do meu verdadeiro amor,
O proprio.