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São tantas máscaras para poucos rostos

Muitas palavras para pouco sentimento

Muitas feridas para tão poucos desgostos

Muita mágoa para tão pouco tempo

São tantos "eus" e quase nunca "nós"

É muito espaço pra quem mora só

É tudo agora e quase nunca após

É pouca corda pra muito nó

São só migalhas de uma mesa farta

É só uma gota de um caudaloso rio

É muita "Maria" pra pouca Marta

É pouco calor para muito frio

É muita gente cheia de si

E tantas outras cheias de nada

Muitas pessoas querendo ouvir

E milhões que não ficam caladas

É um mundo injusto, para o honesto

E muito feio pra quem sabe ver

São muitos "não gosto" que ruim" e "detesto"

E pouquíssimos que ainda sabem viver

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 23/05/2019
Código do texto: T6654483
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