Sombras

Eu tropeço na escuridão das noites

Tento me ver no espelho

Mas me lembro que não há nada a refletir

Tudo que resta são migalhas humanas

Que nem o tempo nem o vento quis dezimar

Há no meu ser um abismo profundo e nada mais

As lembranças já não dão mais conta do passado

Sombras daquilo que fomos me seguem sem parar

Na aridez do tempo hostil que me amarga a boca

Nada mais há para meu paladar

Apenas a longínqua saudades dos beijos que um dia me deste

E vivo nas alternância de dias vasios e noites sóbrias

Na doce esperança de um dia você retornar.

Luis silva
Enviado por Luis silva em 13/05/2019
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