Sombras
Eu tropeço na escuridão das noites
Tento me ver no espelho
Mas me lembro que não há nada a refletir
Tudo que resta são migalhas humanas
Que nem o tempo nem o vento quis dezimar
Há no meu ser um abismo profundo e nada mais
As lembranças já não dão mais conta do passado
Sombras daquilo que fomos me seguem sem parar
Na aridez do tempo hostil que me amarga a boca
Nada mais há para meu paladar
Apenas a longínqua saudades dos beijos que um dia me deste
E vivo nas alternância de dias vasios e noites sóbrias
Na doce esperança de um dia você retornar.