Non Ducor, Duco

Que homem seria eu se ficasse preso a frustação?

O que seria eu se qualquer decepção me jogasse na sarjeta?

Que homem seria eu se sempre que perco algo chorasse como criança?

Oque seria eu se ouvindo um não me desesperasse?

Que homem seria eu se não aprendesse nada com a adversidade?

Oque seria eu se a cada dor , ficasse na Beira da estrada?

Que homem seria eu se pra ser feliz necessitasse da aprovação alheia?

Oque seria eu se permitisse ser fraco ao menor sinal de luta?

A vida me bate como um ferreiro molda o aço, eu choro , me marco , mas me fortaleço.

A vida me poda tantas vezes , como um jardineiro arranca as folhas mortas e os galhos secos de um grande ipê ,e me renasço , cheio de flores lindas.

A vida me limita feito um pai rude, que diz mais não do que sim , por que tem medo que me desvie e cresço no caminho certo.

A vida me tira tantas coisas que desejo , como um sádico que sente prazer na dor , e me reinvento todo dia e busco na unha oque me falta e nunca fico sem recurso.

Que homem seria eu se me permitisse ser fantoche.

NON DUCOR, DUCO.

Dom Claudio
Enviado por Dom Claudio em 11/05/2019
Reeditado em 21/06/2020
Código do texto: T6644490
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