Tríade
Cavando minha própria sepultura
Preso em um buraco, sem esperança de sair
Soterrado pelos arrependimentos da Vida
Enterrado à sete palmos pela Solidão, esquecido pelo mundo
Nadando em vão contra as correntezas de problemas
Afogado em falsas promessas de Esperanças
Tomando o último ar de Sanidade
Enchendo os pulmões de pura Desolação
Chamuscado pelas chamas da Rejeição
Queimado no fodo eterno do Esquecimento
Cremado até a alma por ilusões de Grandeza
Reduzido a cinzas pelos esforços em vão
Sou um Cristo crucificado, um aborto ambulante
Carrego o desespero da sociedade, uma sátira da Positividade
Sou a chaga do leproso, o câncer necessário no mundo
Despido de qualquer sentimento, sou a última estrela no firmamento