FIM DO MUNDO
Esta massa de sentimentos recalcadados,
Que recebe a denominação de humano,
Apenas difere do diminuto microbiano,
Na capacidade inata de cometer pecados.
Ainda ousas desejar o dom da imortalidade,
Tu, que das criaturas divinas, és aberração,
Somente o poder insano da mentira e ilusão,
É capaz de conceber esta vil anormalidade.
Veja o que lhe foi divinamente confiado,
Transformou-se em planeta da destruição,
Usado torpemente para atender a ambição,
Do mapa da criação ainda será riscado.
Mas, e tu ser anômalo e rastejante,
O que restará a ti no fim dos dias,
Quando acordares de tuas utopias,
E contemplar teu mundo agonizante!