DESILUSÃO
FALIDA EXISTÊNCIA
Desbotados panos velhos a cobrir-lhe o corpo em frangalhos.
Rebotalhos de restos amargam o que sobrou de sua vida!
Sem lembranças que resgatem os velhos sonhos de amor!
Guetos de uma existência falida, e, enfraquecida convida
Ao esquecimento dos valores que vivenciou há muito tempo!
Um olhar, que, não mais olha para trás nem divaga pensamentos
Perdidos e amorfos enclausurados no baú da infelicidade!
Sem mais clamores de amores esfriados pelo gelo glacial de
Seus atuais dias sem realidade nem humanidade...
Vida em frangalhos de refugos... Rotina sem refúgios!
Maus tratos, maltrapilho, roto... É sua fotografia sem biografia!
Nem identidade, que, lhe possa conferir parcos direitos
Para comer, beber... Enfim, viver!
Mendigo vivente e excludente de vida penitente!
Jose Alfredo