Amargo Remédio
A dor é um remédio,
Explicar isso eu não sei, mas,
Tenho que absorver.
Um dia eu acreditei,
De verdade eu pensei,
Que nem tudo era maldade.
Eu insisti, eu me abri, acreditei,
A bondade, a sinceridade,
Ainda poderiam existir.
A ninguém devo julgar,
Eu também erro, mas,
Sinto-me um tolo, enganado.
Há tempos verdades nuas e cruas,
Esfregadas em minha face,
E só eu não enxerguei.
Por que baixei minha guarda?
Por que eu acreditei?
O sorriso era lindo, hipnotizei-me.
Embarquei em uma sandice,
Perdi a noção dos fatos,
Ridicularizei-me.
Bebo um amargo remédio,
A minha vida tornou-se um tédio,
Doses homeopáticas, que até morte eu bebere