O VENDAVAL
Farfalham os folhas em face às fugidias feras
Furiosas florescem com força fortuita
Sussurram os sábios sem sabedoria, insossos
Sopapo de solavanco em sagaz verborragia
Virando e quebrando as talhas e taças
Cambaleando os móveis, partindo pedras
Força faminta, feliz e falante
Sopre! Sopra!
Ruja e erija um talo esvoaçante
Fumaça tempestuosa e trêmula
Trabalha com sínteses e chacoalha as fossas
Sopre! Sopra!