CORAÇÃO FERIDO


Sigo minha sina como tu o determinaste,
levo na recordação a tua dura recusa
me deixando como à um pássaro ferido
que se arrasta e não mais pode voar.
Meus sonhos são povoados de fantasmas
assombrado pelo gosto da tua boca quente
que percorre meu corpo e traz insônia
e se acordado, vivo as lembranças doces
do teu amor louco que me leva o juízo,
pois, ainda sinto a tua língua quente
queimando minha pele como fogo do sol...
Sol que era luz da minha vida e virou
sombra da minha morte e somente ela
poderá me libertar da saudade latente
que não me abandona e como a diabinha
do tridente me espeta e ordena que eu
volte e busque aquela que amo como
uma deusa e que não se contentou com
o amor que lhe dei, preferindo ser a
dama das aventuras e dos prazeres que
encontrava nos braços de outro que mais
a deslumbrava. Vá siga o teu caminho,
não me verás mais, não me sentirás mais...
Talvez, só talvez, saibas que este pássaro
cantou para você todos os canto que ele
sabia e os poemas que falavam de amor
e que tu deusa das ruas não quis ouvir
embebida com o licor doce e o néctar da
disputa querendo ser a deusa maior do teu
céu de mentiras e desejos de pegar uma
estrela com a mão... Adeus o inferno me
espera e não posso me atrasar.

 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 05/04/2019
Reeditado em 10/04/2019
Código do texto: T6616315
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