Despeço-me
Recito o poema do adeus
sem te dizer mais nada.
Seus olhos marejados
que me olham são a fala
silenciosa e dormente
do sentimento que se cala.
Ciente que os tempos idos, escritos da nossa história
são páginas de um livro,
registros de um amor
Platônico sem barreiras,
que morreu sem o calor
dos afagos desejosos e livres
não tidos nas entrelinhas
das poesias românticas,
esquecidas numa escrivaninha.
15:07 h
02.02.19
Marcelo Queiroz